POEMA 2016
11:48:00Crédito: Felipe Guga |
Dois mil e dezesseis chegou
Prometendo céus e terras
Paraísos e infernos
E quem não viveu um pouco dos dois
Neste ano atormentado?
Entre turbilhões de alegrias e
tristezas
Ele vai terminando, vagarosamente
Deixando o gosto do amargor doce
para trás
Feliz daquele que aprendeu
Triste daqueles que apenas veem a
escuridão
Como forma de justificar a falta
de positividade
E falta de maturidade pelas
rasteiras que a vida dá
Teve empoderamento, sim!
Teve grito contra o racismo, sim!
Teve resistência para com os
machistas, sim!
Teve luta, sim!
E se reclamarem tem o dobro, sim!
Teve PEC, retirada e resistência
Teve “Pray for
Aleppo”
Teve união pelos Chapecoenses
Teve Olimpíadas na cidade
maravilhosa
Com o brilho do sexo frágil
Na educação o desprezo
Na economia inflação
No senado avacalhação
Nas ruas indignação
Com a péssima situação
Este ano cabreiro levou Brad e
Angelina
Levou Jout Jout e Caio
Levou Fatima e Bonner
Levou até o Jô
Mas trouxe o gentil amor de Fernanda e
Priscila
Na hora do sofrimento nos mostrou os
verdadeiros
E tirou sem pestanejar os desleais
Na hora da fraqueza o chamado
apareceu
A reza se manifestou e não
pereceu
Reza pelo fim das guerras
Pelos humilhados
Pelos desolados
Pelos corruptos
Pelos inimigos
Pelos parceiros
Pelos familiares
Pelos desempregados
Pelos imigrantes
Pelos imigrantes
Pelos que se foram
Pelos que chegaram
Pelos ricos de bolso e pobres de
alma
Pelos bonitos de face e feios de
coração
De tudo que dois mil e dezesseis
nos ofereceu
Muitas tendenciaram a desesperança
Mas também houve muito aprendizado
e gratidão
Palmas para o ano cão
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